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Mais uma dupla de gêmeos na C2 para o Brasil

15/07/2011

 

 

 

 

 

 

 

 

Desde o Campeonato Mundial de 1961, realizado em Dresdem, na antiga Alemanha Oriental, onde foram vencedores as duplas de irmãos Merkel-Merkel e Novak-Novak, ficou claro para todos que o ideal para essa embarcação é investir em parentesco.

Depois deles vieram os americanos Knight-Knigth (73), Garvis-Garcis (81), Haller – Haller (83), franceses Calori-Calori (80/87), até chegar aos grandes campeões slovakos da atualidade os irmãos Hochschorner, simplesmente vencedores em 2000 (mundial e JO), 2001, 2002, 2003, 2004 (mundial e JO), 2006, 2007 (no mundial aqui de Foz do Iguaçu), 2008, 2009 e 2010.
Atualmente na cola dos irmãos Hochschorner está outra dupla de Slovakos, Skantar-Skantar demonstrando de forma irrefutável que essa embarcação exige muita proximidade, compatibilidade de gênios e uma formação física, psicológica, educacional e nutricional muito semelhante, caso contrário os atletas desistem em uma ou duas temporadas.
Com essa visão histórica obviamente que o Projeto Meninos do Lago não poderia deixar de investir nessa categoria em duplas de irmãos, principalmente se forem gêmeos. Desde o ano passado estão se destacando no Projeto os meninos de 14 anos WALLAN PATRICK DE CARVALHO e WELTTON PIETRO DE CARVALHO e hoje já se encontram em primeiro do Ranking Municipal. No final do mês de Junho entraram JOÃO VITOR DE SOUZA BARRETO e AUGUSTO GABRIEL DE SOUZA BARRETO, ambos nascidos no dia 11/08/2003.
Para a Professora Mayara Cordeiro Lapczyk o histórico do Projeto Meninos do Lago já confirma a tendência histórica dessa embarcação:
“Nosso Projeto começou em 2009 e de lá para cá tivemos muitos atletas na Categoria C2 e vários desistiram simplesmente por incompatibilidade de gênios, o que dificilmente acontece quando as duplas são compostas por irmãos. Em nossa metodologia de trabalho, um dos itens que diferencia dos demais núcleos brasilerios é o fato de direcionarmos os atletas nas embarcações desde a iniciação, conforme os respectivos perfis. Aqui não é o atleta quem escolhe o barco, somos nós quem indicamos e exigimos a prática naquela embarcação no primeiro ano de projeto, obviamente que obedecendo o caráter lúdico para os atletas de faixas menores. Essa ação realizada desde o primeiro contato com a água produz o seguinte resultado: após um ano de prática, os melhores sempre querem permanecer naquela embarcação e os que não obtém resultados solicitam a mudança. Isso permite que o Brasil possa contar sempre com os melhores iniciantes e abrem novas vagas para se buscar outros talentos. Aqueles que não se deram bem na primeira embarcação poderão tentar uma outra categoria após o segundo ano de prática. Esse resultado é ainda mais sensacional quando investimos na categoria C2 em duplas formadas por irmãos que dificilmente irão se desfazer até 2016,  pois a probabilidade de conflitos diminui sensivelmente. Apostamos aqui na meritoriedade e, principalmente, na continuidade de treinamento”.
 
Para o Presidente da Federação Paranaense de Canoagem, Valdecir Fernandes da Cruz, o fato do Projeto investir em atletas com parentesco na C2, não impede que amigos possam solicitar a prática da embarcação caso esteja sobrando vagas.

“Vários amigos solicitam para remarem a C2, porém é uma embarcação muito complicada a qual alguns técnicos insistem em dizer que deve ser a última opção para se começar na modalidade. Nosso Projeto está demonstrando exatamente ao contrário, basta encontrar os perfis ideais para o investimento imediato na própria C2. Hoje se perguntarmos para as duplas irmãs que temos no Projeto, dificilmente alguém terá vontade de mudar de embarcação. Aos sábados, inclusive, os atletas de C2 são obrigados a remarem C1 para melhorarem a técnica, porém não demoram muito e solicitam a embarcação de origem. Existe um comportamento e comprometimento completamente diferenciado por parte desses atletas”.

 

 

 

 

 

 
Admin | Projeto Meninos do Lago